Sunday, January 27, 2008

crepúsculares







não sei ...

*virgínia além mar*

Ora fado, ora valsa, ora marchinha de carnaval
Não sei se em fá, em dó
em ré, em mi bemol ... Há Orquestrações...

não sei ler partituras
das cores retiro venturas
descaminhos das premências

na aquarela da grade tela celestial
revelam-se misteriosas carências,
ânsias demasiadamente humanas a superar

não sei estar eu
distante do horizonte;seu ritmo,
meu rito: misturar, ritmos, tons, cores, sons...

pulsar...pulsar...
no veloz galope do entardecer
retina e o ser movem-se

como, ainda e sempre ,
volátil, mutante...
um corpo sensível ,“errante”... dançante...

Sunday, January 20, 2008

Jacarandeira


Jacarandeira

Na agradabilíssima tarde deste mês de janeiro, regojizo-me à sombra
do Jacarandá-mimoso, que por minha dita “ impertinência”, finalmente
atingiu a mturidade. Apesar de já ultrapassar doze metros de altura,
na primavera passada somente, foi-lhe permitida sua primeira floração.

Apreciando seus frutos, cápsulas de madeira (do latim –mater,tris- mãe-
matéria) que contém suas sementes, forma pela qual se reproduz ,uma
esperançosa alegria invade-me; a reprodução Jacarandeira através dos
ventos do outono típicos da região sul.

Segue-se ,ao prazer da contemplação da árvore ao sabor da brisa, a
meditação sobre a ignorância humana, o desconhecimento de si e, o
quanto de inconsciente há nas inconseqüentes intervenções no meio
ambiente, entre estas a podas das árvores que impedem seu
crescimento e reprodução.

Após alguns instantes, novamente abandono-me ao sabor da inigualável
dança dos caules longilíneos, repletos de folhas minúsculas contrastando
com o azul celeste.

Um Beija-Flores adentra a sala em busca do néctar dos Brincos- de-
Princesa Seqüestrando-me, momentaneamente ...

Enfim brindo convosco ao prazer dos prazeres que nos iguala
aos deuses,compactuo com Aristótales que assim definiu o prazer
contemplativo referindo-se à contemplação do ser amado...
Estarei dafneando, definitivamente enamorada do mimoso Jacarandá ?

virgínia além mar poeta -17 jan 08

Publicado no Recanto das Letras em 21/01/2008Código do texto: T826179
http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/826179
Blog http://alemmarpeixevoador.blogspot.com

diz-fa(r)ce fugaz...


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Saturday, January 05, 2008

bom sábado

excelente sábado queridos amigos (as)
"Um homem sem defeitos é uma montanha sem fendas. Não me interessa." --
"O poema é ascensão furiosa; a poesia, o jogo de áridas ribanceiras. "
"A eternidade é pouco mais longa do que a vida. "
"Aquele que vem ao mundo para não pertubar nada não merece qualquer espécie de consideração ou paciência." "Sei que a consciência que não se arrisca a nada tem que temer da plaina. " René Char, dos Folhetos de Hypnos., René Char, fragmento VII de A la santé du serpent& Calendário, poema de Furor e Mistério
Lutadores
O pão das estrelas me pareceu tenebroso e rijo no céu dos homens, mas em suas mãos estreitas, li a luta dessas estrelas convidando outras: emigrantes da ponte, sonhadoras ainda; recolhi seu suor dourado, e por mim a terra parou de morrer. René Char – Le Nu Perdu -

grata por carinhosas manifestações, virgínia além mar -poeta