revigorada,
*ArteFilosPsiPoesia* Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade." Albert Camus ( For there is merely bad luck in not being loved; there is misfortune in not loving)- A.Camus The myth of Sisyphus, and other essays - Página 201) Nietzsche “Para viver sozinho, é preciso ser um animal ou um deus - diz Aristóteles. Falta ainda a terceira alternativa: é preciso ser os dois ao mesmo tempo - Filósofo...”
Thursday, December 27, 2012
Friday, December 14, 2012
Para meus caros amigos pelo Natal e Novo Ano ...
Caros amigos a mensagem ( tx) está publicada in Web Artigos, http://www.webartigos.com/artigos/para-meus-caros-amigos-pelo-natal-e-novo-ano/101249/#ixzz2EwRURlTZ espero que apreciem e venha a acrescentar ...
entretanto se n. tiverem tempo para o tx. deixo um cartãozinho singelo
com afeto,
entretanto se n. tiverem tempo para o tx. deixo um cartãozinho singelo
com afeto,
Thursday, December 13, 2012
tempo...frag. de um capítulo -virgínia vicamf
Toda verdadeira amizade é fruto da "investigação da estrela sem fim" plena de atenção e abertura ao outro, estabelecendo conexões ...
Para
a física atômica, “a natureza essencial da matéria não está nos objetos, mas
nas conexões”, como na harmonia musical, que para acontecer reúne em si as
notas, que, ouvidas isoladamente, são freqüências de som, vibrando em
determinada amplitude de onda. Desta harmonia surge a possibilidade de
contemplar a beleza de uma composição musical.*
As uvas e o vento
- Pablo Neruda
...Tu perguntas o que a lagosta tece -
Lá embaixo...
Com seus pés dourados.
Respondo que o oceano sabe.
E por quem a medusa espera,
em sua veste transparente?
Está esperando pelo
tempo, como tu.
Quem as algas apertam
Em seu abraço... perguntas...
Mais firme que uma hora e
Um mar certos? Eu sei.
Perguntas sobre a mesa
Branca do narval...
E eu respondo cantando como
Unicórnio do mar, arpoado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei
Pescador...
Que vibrou nas puras
Primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano
Sabe isto: que a vida...
Em seus estojos de jóias,
É infinita como areia,
Incontável, pura; e o tempo,
Entre as uvas cor-de-sangue...
Tornou a pedra dura e lisa,
Encheu a água-viva de luz...
Desfez o seu nó, soltou
Seus fios musicais...
De uma cornucópia feia
De infinita madrepérola.
Sou só a rede vazia diante dos
Olhos humanos na escuridão...
E de dedos habituados à longitude
Do tímido globo de uma laranja.
Caminho, como tu, investigando
A estrela sem fim...
E em minha rede, durante
A noite, acordo nu.
A única coisa capturada
É um peixe...
Preso dentro do vento
Investigando a estrela sem fim...
...Tu perguntas o que a lagosta tece -
Lá embaixo...
Com seus pés dourados.
Respondo que o oceano sabe.
E por quem a medusa espera,
em sua veste transparente?
Está esperando pelo
tempo, como tu.
Quem as algas apertam
Em seu abraço... perguntas...
Mais firme que uma hora e
Um mar certos? Eu sei.
Perguntas sobre a mesa
Branca do narval...
E eu respondo cantando como
Unicórnio do mar, arpoado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei
Pescador...
Que vibrou nas puras
Primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano
Sabe isto: que a vida...
Em seus estojos de jóias,
É infinita como areia,
Incontável, pura; e o tempo,
Entre as uvas cor-de-sangue...
Tornou a pedra dura e lisa,
Encheu a água-viva de luz...
Desfez o seu nó, soltou
Seus fios musicais...
De uma cornucópia feia
De infinita madrepérola.
Sou só a rede vazia diante dos
Olhos humanos na escuridão...
E de dedos habituados à longitude
Do tímido globo de uma laranja.
Caminho, como tu, investigando
A estrela sem fim...
E em minha rede, durante
A noite, acordo nu.
A única coisa capturada
É um peixe...
Preso dentro do vento
Investigando a estrela sem fim...
E foi assim...
Conversando
com o amigo cineasta Juan Delpino que me hospedava na Urca e uma recém
conhecida ali mesmo no Garota da Urca
que o conheci...
Enfadei-me
com o rumo do colóquio pois, havia saído do tema pensamento e cinema. Desta forma distraí-me
olhando os peixes no aquário e meu pensamento emudeceu como estes, eis que além
do aquário meus olhos viram no fundo do bar, sentado escrevendo, um rapaz
vestido com uma camiseta branca, despojado, cabelos negros. Nossos olhares se
cruzaram, retornei aos peixes e novamente percebi que o rapaz ergue os olhos em
minha direção; pensei é um poeta!
Retornei
ao estado de esvaziamento da mente...
Quando
dei por mim o rapaz estava ao meu lado e disse, -“ Não sei como tive coragem de vir falar contigo.” . Respondi com
uma pergunta – és poeta, escrevias
versos? ? Ao que respondeu-me- “ não
sou físico cosmólogo, estava fazendo cálculos de física.”
Disse-lhe, então com a seriedade das crianças- “ a Física e os cálculos , para mim também
são Poesia!
E, foi assim que em abril de 1986
conheci o que veio a ser o amigo mais
íntimo no sentido de proximidade anímica.
Bem
saímos do Garota da Urca( bar) e
conversando como se nos conhecêssemos por toda existência, caminhamos pelas
ruas deste bairro belíssimo, sentamo-nos na pracinha, nos envolvemos num abraço
em que os dois corpos de tão enroscados pareciam um, respiramos junto não era
sexual o prazer mas sensual no sentido literal, inteiro tântrico.
Madrugada
madura ele deixou-me no apartamento de Delpino
dizendo que seria um grande
prazer se eu mudasse para seu apartamento visto termos tantas afinidades e
tamanha vontade nossas memórias atualizar .
“A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao
presente.” - Albert Camus
Na manhã seguinte, cedo fui à praia
vermelha, mas antes passei na rua
Almirante Gomes Pereira para dar um alô ao Luiz, meu amigo físico. Ele
sonolento não hesitou em receber um abraço e confirmar seu convite. E foi assim
que mudei-me para a mística rua com perfume de jasmim e na qual era possível
ouvir um piano executado com grande maestria nas madrugas ...
Luiz
tinha uma biblioteca impressionante em quantidade e qualidade , estavam ali alguns de meus autores
prediletos além das obras completas de
Nietzsche, Jung, Freud, Espinosa, C. J. Jung, obras de Física e novas
publicações foi então que adentrei na
física quântica e atômica ( li em seu apartamento a obra recém publicada , *O
Ponto de Mutação de F. Capra ) e sua relação com o pensamento oriental que
havia estudado desde a puberdade e dedicado-me a ele na escola de filosofia .
Perguntei-lhe
se já havia lido todos ele respondeu-me
sim passei dois anos em uma cama de hospital e só podia ler...
“E você ?”perguntou-me ele, ao que respondi - vivi
desde os dez anos de idade frequentando bibliotecas e adorava as
Enciclopédias, fazia os trabalho de escola de meu irmão ( pesquisa) cinco anos
mais velho que eu. Após cada texto havia as referencias e as seguia o que me levava a querer conhecer todos
autores, ler seus livros e cada um trazia mais referencias. Abria aquelas mesas
enormes e espalhava o maior número de obras
possíveis e me perdia no tempo até que o bibliotecário, com óculos de fundo de
garrafa, vinha avisar-me que ia fechar o estabelecimento. E assim prossegui
lendo, lendo, muitas vezes não entendo os conceitos, buscando dicionários... O
que favoreceu meu gosto pela leitura foi também ter vivido longe do dito mundo
civilizado, por diversas ocasiões, onde havia silêncio, sem aparelhos de
televisão e, nestes retiros da urbe levava malas cheias de livros além de
encontrar amantes da leitura que possuíam ótimas bibliotecas nos mais
inusitados vilarejos da terra do Pau Brasil.
Hospedando-me
, quando ia ao RJ no apartamento do Luiz, tive acesso aos seus trabalhos e
manuscritos de seus amigos que passava a ler nas madrugadas enquanto ele quieto como sempre, perdia-se em
seus cálculos.
" eu faço minhas coisas e vc. as suas se nos encontrarmos quando nos encontramos é lindo " F. Perls
Foram
os tempos mais lindos que vivi e, talvez ele tenha sido o único ser humano com
o qual compartilhei espaço-tempo sem
conflito algum, cada um fazia suas coisas sem conversas a interromper,
deixávamos bilhetes um ao outro e por vezes sentávamos e tocávamos afeto.
Íamos às aulas do Prof. Claudio Ulpiano e raras
vezes à bares. Eu saía para as aulas e trabalho ele lecionava e trabalhava no
CNPQ com horários muito flexíveis. Nossa comunicação prosseguiu como fora desde
o primeiro encontro, de forma límpida como cristal, nossos inconscientes
travavam conhecimento mútuo além, muito além do que o consciente o poderia.
Passamos
três anos sem nos vermos, pois eu entrei
de cabeça no trabalho em minha cidade natal no RS, mais de dez horas diárias e
em 1989 retornei a dividir o tempo entre o RS e o RJ. Novamente hospedada no apartamento do L. A.
O.
Além
dos estudos e do trabalho a Urca me proporcionou
estar entre “ meus tesouros” amigos com afinidades culturais a orla, uma
das mais belas do planeta , o oceano, este
visto através do passeio da Urca um privilégio para poucos! Como
tornei-me conhecida no bairro a
guarda permitiam-me entrar no
forte , então nas águas desertas de humanas presenças , nadava, ruminava as
leituras, recarregava as baterias, meditava, fluía...
Estes
prazeres perduraram até novembro de 1994 pois em abril de 1995
sofri o meu acidente que restringiu minha capacidade locomotora e exigiu-me priorizar e reorganizar minha
vida em todas as áreas, familiar, profissional e social. Mesmo com perdas
expressivas, lutos e lutas através
de telefonemas e da internet com
Luiz houve trocas mas nada comparado a presença física, pois que esta nos
colocava na freqüência sem interferências.
Entretanto algo interessante continua acontecendo, além
de fatos que ora não desejo comentar, coincidências impressionantes acontecem ainda, de alguma
forma estamos conectados porque os mesmos autores a mesma busca pelo início de
“tudo” nos aproximou, o afeto pelas orlas e por crermos que o sentir tem maior
potência que o pensar...
Talvez
algum dia continue retorne a detalhes significativos sobre os reconhecimentos,
encontros que fazem a diferenças... A
paciência é uma de minhas qualidades e seu lado escuro é a morosidade...
O
que nos toca profundamente penso seja o
mais difícil de colocar em palavras de forma objetiva.
Passados 26 anos ainda é difícil conter as emoções
ao compartilhar fragmentos de um dos
capítulos mais místicos, líricos que deram origem a outros encontros não menos
surpreendentes. .
Nota
- Atualmente L.A. Oliveira é curador
do Museu do amanhã projeto do arquiteto espanhol
Santiago Calatrava , exemplo de construção sustentável e servirá como ponto de
referência não apenas em arte, mas também em discussões sobre o futuro da humanidade
e do planeta, vai tornar o Píer novo
cartão-postal obrigatório do Rio será o maior museu de ciência
do país localizado na cidade do
Rio de Janeiro RJ.
publicado na coluna considerações portal VMD http://www.vaniadiniz.pro.br/virginia_fulber/cronica_e_foi_assim.htm
no Recanto das Letras
e no Portal da AVSPE -
no Recanto das Letras
e no Portal da AVSPE -