“Novo” ...- virgínia fulber aos amigos...

“Novo” ...
                       virgínia fulber


Não consigo pensar em algo mais novo

Que cada momento do dia e da noite...



Meus propósitos são matutinos

Por vezes noturnos, ante estrelas



No entanto minha hora sagrada é o ocaso

Neste a diversidade de cores desfilam



Em minutos o céu torna-se espelho

De mares, rios, florestas, jardins...

Refletindo todas estações em instantes!


E ao surgir da primeira estrela já percebo

O novo alvorecer...



Desejo aos meus amigos

Que celebrem todos seus momentos

Como o fazem na passagem de ano



Ainda desejo que o que há de belo

seja mantido e se expanda

Que as amizades se mantenham


E que a poesia se enraíze ...



Afinal, as mudanças são a única certeza

Então que se possa agarrar um pouquinho

Só um pouquinho

Do que nos faz olhar para o céu e suspirar...


http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3411485
Enviado por virgínia além mar em 28/12/2011- Código do texto: T3411485
imagem -http://www.iplay.com.br/

Eterno Retorno

"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?" F. Nietzsche - Eterno Retorno- na Obra A Gaia Ciência-