virgínia fulber * além mar poetinha
quando enamorados
no olhar cabe
universo de ternura
quando afeto acaba
de um lado
picos nevados
de outro, talvez asas
amor, maiúsculo
ou paixões
que escoam pelos dedos
vão-se com andorinhas
inaugurar verões
efêmeras amoras
flores de estação
é certo que do amor
pouco se sabe
quer-se bem querer
para bem ser
também estar
entre outros braços
para o vazio
de existir abrandar
seria amar?
o amor é egoísta ou
pressupõe desprendimento
aceitação irrestrita
sem preconceitos de berço
reza, cor, situação?
dos gregos herdamos
conceitos e de amor
entre eles ágape
que não nos cabe
dos enamorados eros
afrodite...
escolho a mim
para a ti acolher
em liberdade
que eleutéria(1) nos guie
que da amizade
do respeito a singularidade
ao amar quiçá...
(Uma Releitura da Poesia AMOR publicada em fev. 2009 no Recanto das Letrashttp://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/3462668)
Ilustração Kiss - Gustav Klimt
(Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 — Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor simbolista austríaco.Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das universidades de Munique e Viena
(1) eleutería termo grego equivalente a liberdade, para este conceito no senso comum os gregos não possuíam uma palavra específica. Portanto Eleutería, indicava pertencer ao grupo social e ausência de submissão a outrem. [*] Livres eram os homens da polis que não eram escravos e partilhavam o poder, deliberando sobre os assuntos públicos. Eleutería não era ligada à vontade. Os homens eléuteros (livres) não eram identificados como tais por agirem segundo atos voluntários, mas sim porque ocupavam um certo status, um certo lugar na comunidade que os definia como tais. Seriam esperados os mesmos atos de qualquer um que tivesse determinado status: o eléuteros não podia escolher entre dirigir os cultos aos deuses privados e não dirigir; entre dar as ordens em seu oikos (lar- diferente de casa que é o espaço físico) e não dar; entre tomar parte nas deliberações públicas e não tomar. Era função dele fazer tudo isto, ele não fazia devido à sua vontade, da mesma forma que as mulheres e os menores tinham a submissão determinada pelo seu status. Evidência forte de que os gregos não concebiam que alguém fugisse do que lhe era determinado se encontra nas tragédias gregas, em que o herói luta obstinadamente contra seu destino, mas suas tentativas são fadadas ao fracasso: o destino se impõe inexoravelmente. Liberdade era igual à necessidade.
4 comments:

MUito boa sua poesia sobre o amor, tema dsifícil de não cair no lugar-comum. Beijos, para béns!
Maizé
"Maria Lindgren"
m-lindgren@...
Virgínia poetinha do meu bem querer!
Esse teu jeito de poetar o Amor é bem especial mesmo!
"in de finitivo amar" É de uma riqueza encantadora...É um canto lindo dessa tua alma alada que sabe amar sem aprisionar
Em teus versos esse amor tem o brilho fascinante das estrelas!
Adorei cada verso...mas saliento
esses que me deram asas de alegria!
"escolho a mim
para a ti acolher
em liberdade" (Virgínia Fulber)
PARABÉNS! PARABÉNS!
Grata por mais esta deliciosa leitura
Vi minha querida Amiga, esqueci
de dizer...
Parabéns pela escolha da imagem!
A bela arte de Gustav Climt ficou Perfeita para ilustrar tua poesia!
Lindamente doce essa foto dele com
o gato!
Grata também por nos deixar a trilha para mais um bocado desse querido Artista!
beijinhos com carinho e admiração
da Li que te Adora
muito lindo este post em klimt!
adorei!!!
parabéns pelo blog!
*
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