Sunday, December 10, 2006

Sentidos



"(…)Algum dia fará sentido parar
Descobrir(...)
E como sinal
Um olhar para o mesmo mar com a diferença
Que tomado acalenta
Outros pedidos
Não entendidos(...)
Ali se consegue
Nascer
E seguir
"
( Alice Valente Alves)

"SENTIR a vida " ".....o poético nada cala, e nada o torna a assediar. Pois o que sempre é recalcado e calado é a morte. Aqui ela é actualizada no sacrifício do sentido. O nada, a morte, a ausência, é abertamente dita e resolvida: finalmente a morte está manifesta, finalmente, está simbolizada, ao passo que é apenas sintomática em todas as outras formações de discurso...."
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A água aparece-nos assim como um ser total, que tem um corpo, uma alma, uma voz, e é isso que faz dela uma realidade poética completa. As vozes da água são vozes metafóricas, a sua linguagem é uma realidade metafórica directa, as ribeiras, as fontes, os rios ou o mar sonorizam e dão vida a paisagens mudas. Foi Gaston Bachelard que escreveu que “as águas ruidosas ensinam os pássaros a cantar, os homens a falar, a repetir”, e que há “continuidade entre a palavra da água e a palavra humana”.( Excertos do prefácio de DUARTE LIMAdo Livro "ÁGUAS CRUZADAS I - Poesia e Fotografia")

Foto > Mar Morro das Pedras Florianópolis SC/Brasil/ com vista para Ilha Campeche /virgínia f.além mar


1 comment:

Dora Dimolitsas said...

Virginia querida
eu considero seu trabalho poetico de uma beleza exemplar,
parabéns amiga obrigada
por sua beleza de alma.
Abraços da Dora