Sunday, June 28, 2009

Das Naves ao Piar das Cotovias & além


*virgínia além mar

Pinceladas, matizes, argamassa do viver ; barro gesso papel marche...Esculpida em mármore uma alma de aço? Um terço dos véus, eu te conheço? Tu me esqueces? Já não sou quem era. Enganei-te ? Enganei-me? Inventei um personagem ? Sou artista meu amigo, ora alegre, ora triste, transvaloro-me, reinvento, ultra-passo fendas, muros, aço e braço. Ora eu, ora tu, ora nós, ora entre representações. Vejo como quero, tu me amas como podes. Virando do avesso, das matrizes resta, surfando entre as vagas os devaneios além mar ...E, lá nave vá entre as vãs filosofias e arroubos de verdades há margens e miragens.
No branco das nuvens esculpimos sonhos, na areia fina castelos de amores infinitos tragados pelo hálito do vento norte. Versos e uma prosa decolam feito alecrim entre foliões dispersos. Leste minhas cartas no começo das estações? Foram folhas de outono, orquídeas de primavera, lágrimas de inverno gélidas descongeladas ao verão intruso que, reviveu-nos em cada uma. De sorte que seguimos resguardados de parcela elementar. Em cada um, tantos rostos se impuseram, olhares não satisfizeram a lacuna que a lua deixou entre as frases. Do silêncio morno e inquieto ressurge um bilhete de passagem. Ao porto ou à tribo retornamos, buscando na história algo que alinhave estrofes e alinhe velas , uma força, fermento do seguir adiante ... Passando por Dali , Fellini os cristais em minhas veias cingem silencio e verbo. Entornado sacramento, entoam sereias odes aos mancebos . Ensurdecemos um pouco demais, ante aos gritos histéricos criamos aspas, como escamas antigas, a proteger –nos dos segredos que tanto queríamos preservar . Com a pele mais fina perdemos o tato e um sol já não nos basta queremos outros, todos astros a nos proteger. Com nosso alumínio e ferro forramos a atmosfera e blindamos a fera e também o pouco de sinceridade que no ar havia ... Se, estamos perdidos ninguém sabe, pois se acharmos a velha alegria de quando não sabíamos, talvez encontremos uma lágrima verdadeira e só ela o é ante ao belo, ao inocente e ao piar das cotovias ...
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Sons da floresta revelam que biodiversidade da Amazônia é muito maior do que se imaginava ...Através dos ouvidos, pesquisadores na Amazônia estão fazendo descobertas sobre a real biodiversidade da floresta amazônica que passaram despercebidas aos olhos de outros cientistas que se dedicaram a estudá-la.......Estamos descobrindo que, quando há uma diferença de som de um local para outro de uma população da mesma espécie, também há uma diferença genética. O animal é outro- revela Cohn-Haft.-ornitólogo e curador da coleção de aves do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Os muitos cantos da Amazônia -Pesquisadores lançam coleção de CDs com o som de aves do maior bioma brasileiro; ouça amostras Ouça amostras de cantos de aves da coleção Vozes da Amazônia (arquivos em formato MP3) Inhambu-de-cabeça-vermelha (Tinamus major) (504 KB) Garrinchão-coraia (Thryothorus coraya) (2,0 MB) Araçari-negro (Selenidera culik) (800 KB) Anacã (Deroptyus acciptrinus) (929 KB) Formigueiro-ferrugem (Myrmeciza ferruginea) (900 KB) Maú ou pássaro-boi (Perissocephalus tricolor) (1,3 MB)

Friday, June 26, 2009

tudo está bem

...O homem absurdo diz sim e seus esforços doravante serão incessantes. Se há um destino pessoal, não há um destino superior, ou há, mas um que ele conclui que é inevitável e desprezível. Para o restante, ele reconhece a si mesmo como o mestre de seus dias. No momento sutil quando o homem dá uma olhada para trás em sua vida, Sísifo retornando à sua pedra, neste modesto giro, ele contempla aquela série de ações não relacionadas que formam o seu destino, criado por ele, combinados e sujeitos ao olhar de sua memória e logo selados por sua morte. Assim, convencido da origem totalmente humana de tudo o que é humano, o homem cego, ansioso para ver, que sabe que a noite não tem fim, este homem permanece em movimento. A rocha ainda está rolando.

Eu deixo Sísifo no pé da montanha! Sempre se acha sua carga novamente. Mas Sísifo ensina a mais alta honestidade, que nega os deuses e ergue rochas. Ele também conclui que está tudo bem. O universo, de agora em diante sem um mestre, não parece a ele nem estéril nem inútil. Cada átomo daquela pedra, cada lasca mineral daquela montanha repleta de noite, em si próprio forma um mundo. A própria luta em direção às alturas é suficiente para preencher o coração de um homem. Deve-se imaginar Sísifo feliz - O Mito de Sísifo- Albert Camus

Thursday, June 25, 2009

Ao Sol

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Ao Sol -
*virgínia além mar

Disse o Poeta que ;
tem olhos verdes a Esperança
mas terá olhos maiores
que a cega ignorância ?

Promessa de felicidade do céu
a religião apregoou.
Um visgo de chão quero e,
paz na terra através da inclusão

Uma felicidade imanente,
um mundo onde reparta-se saber e pão.
Espero ciente que a humanidade caminha e,
ausente estarei no tempo da grande iluminação !

Enquanto persigo minha própria
ainda ilusão, creio no despertar,
na fé que pode raciocinar e
nas escolhas apropriadas.

Verde são os olhos da mata
do profundo oceano azuis são
a felicidade brota do mais escuro
ao sol do meio dia visíveis todos estão!

Tuesday, June 23, 2009

sonho bom -repete-se

sonho bom ...
virgínia além mar -

na rouca voz do recém acordado
dança o visgo do sonho
na língua virgem, muda ao mundo sonha o fado

de lótus, brandas pétalas embebeu-se a existência
pálpebras bailam aos raios de sol, como mariposas
lânguida ainda, espreguiçam nervuras; latência ...

a pele fresca acaricia risonho

oníricas imagens supriram carência ...
Publicado no Recanto das Letras em 04/02/2009Código do texto: T1420874

Sunday, June 21, 2009

papo à toa

Ocorreu-me uma questão boba, mas bobagens é o que não falta, se ingrata ou não me pergunto e fixo na irreverência, hóspede não menos regular que minha estupidez...Colibris e outros pássaros festejam suas trocas de pena ? Nunca ouvi falar ou li sobre animais que tenham noção de que o tempo haja...Metáforas à parte a dança do acasalamento assisti em documentários mas a respeito da perda ou ganho de peso, altura, dentes, penas, filhos nada sei. Macacos nossos primos-irmãos são divertidíssimos mas terão eles alguma forma de celebração datada ? E as árvores reúnem-se para fazer festinha quando uma dentre elas produz primeiras flores?
O bixo homem é tão interessante, com senso de humor festeja tudo, dia para isto e aquilo, marca o tempo e mesmo que dele deseje livrar-se . Inventou a máquina para não esquecer que é homem e que tem compromissos marcados e, até não esquecer de acordar e ir trabalhar. Ah! o ser humano tornou-se animal de promessa. Criar um animal que pode ‘fazer promessas’ - não é esta a tarefa paradoxal que a natureza se impôs, com relação ao homem? Nietzsche provocou ...
Também o pai da psicanálise disse que melhores vivem os animais ditos não racionais pois esquecem...Memória curta , memória seletiva ...Sem culpa seguem vivendo , sem promessas e sem palavras dadas ...
Inventamos até a guerra para celebramos seu final ! Coisa de doente, como disse o filósofo bigodudo; o homem é um animal doente !
Que acontece,no desenvolvimento do indivíduo humano civilizado, para tornar inofensivo seu desejo de agressão? Pergunta do mestre Freud .
Não lamento a condição em que estou apenas penso que poderíamos menos sofrer se hora e outra pudéssemos esquecer, sermos esquecidos e nem por este motivo julgados, rotulados por psicologismos e ismos que não cessamos de criar ... Se gosto de festas ? Mais ou menos , prefiro dar espaço à espontaniedade só para variar e fazer nada vez que outra, meu corpinho agradece quando me esqueço um pouco dele , da minha idade, do espelho e claro do relógio , eita máquininha cruel, quem o inventou deviria estar numa culpa inconsciente daquelas para aprontar uma dessas ...Bem ou mal termino como iniciei ; papo à toa mesmo , afinal para dar vazão , canalizar instintos e a agressão vale de tudo e quiçá mais arte e menos artefatos bélicos...

Friday, June 19, 2009

Linguagens A r e j a d a s

virgínia janeiro 09



Num primeiro momento a fruição estética fez-me parar diante da obra de Artista Fátima Queiroz. Seguiram-se associações e estas levaram-me a um episódio ocorrido em meados de 1981, quando meu filho estava com 1 ano
e meio de idade. Encantado, experimentando o mundo e já em primeiras sentenças expressando seus insigths . A que se relaciona à obra de Arte
acima, intitulei de – Porô , relato; Em suas expedições pela casa Joaquim , escolhia objetos e os trazia à minha frente deixando-os cair ao solo, propositalmente. Espatifavam-se aos cacos alguns, com seus olhos admirados, quando isto ocorria sentenciava - porô ! Corria à busca de outro e repetia a experiência. Eu assistia ao seu show aprendizado, durante dias, buscando entender o que estava ele a compreender e suas conclusões. Quando utilizava objetos inquebráveis, observava com mesma seriedade e brilho no olhar :
- não porô !Estava ele referindo-se a questão da resistência? Estaria dizendo - quebrou ? Ou estourou ? Referindo-se ao som ?Desaprendendo a ordens e valores e, aprendendo também a lidar com meu jovem pesquisador estava eu ,um pouco aflita, confusa e contente. Foram substituídos cristais por argila, madeira e palha. Providenciei uma oficina para que confeccionasse seus próprios artefatos poráveis.Foi nesta atmosfera que num final tarde qualquer, olhando as paredes de concreto de nossa casa, o adorável menino proclamou – tudo tem furinhos né mamãe !Com espanto respondi-lhe afirmativamente; a matéria é porosa , respira , em tudo há furinhos sim! Passei a pensar na necessidade de retomar o gosto pela Física, lembrando-me que à preferia juntamente com a Matemática e à Filosofia às outras disciplinas, para acompanhá-lo em diálogos pertinentes ...Entretanto a experiência Porô, foi encerrada, após este desafiante diálogo, com sucesso extraordinário, nada mais na casa foi quebrado.Iniciou-se na pesquisa de desmontagens, típica da fase e, às observações silenciosas do céu ! Ai meus sais! Astronomia era muito pra minha parca inteligência e falta de tempo, mesmo assim um pequeno telescópio e um microscópio foram as novas aquisições e as visitas ao Planetário e a Orquestra Sinfônica também agendados... E o tempo? Com a experiência compreendemos que se pode dar um jeito, que tudo é relativo mesmo e, afinal em tudo há furinhos , porável e impermanente é a existência ! Estava aberta a descobrir o tanto que não sabia sobre as palavras e a tornar-me novamente uma pequena cientista, levada pela curiosidade e amor do meu pequeno professor ! Com meus botões arejados ocorreu-me que Einstein teria divertido-se muito quando manteve correspondência com crianças...

Wednesday, June 17, 2009

Escrivaninha VI- O que, ou quem dá cor e tom à vida ?



O que, ou quem dá cor e tom à vida ?
virgínia fulber
A cor que vem de dentro transborda e ilumina, transforma a realidade empresta à vida aquarela... Pode em meio à chuva fina, um sorriso enfeitar a rua, como uma esplêndida sombrinha colorida, retalhado o cinza da tarde. Assim também o faz o regaço da amizade... Entre estas sem dúvida está a amizade à Sophia (sabedoria – do grego ). A arte reinterpreta a vida e é possível através dela ver como belo o que não fora assim visto, uma vez que nós humanos criamos os conceitos de belo, feio, bom e mau ...
O mau tempo pra alguns bem a outros pode ser-parecer, entrando no campo das relativizações e das complexidades.
O artista é um artífice da vida, na arte como saber criativo está implícita a abertura ao devir, característica da potência dos fortes assim lemos em Nietzsche, filósofo que amplia o conceito de arte não a limitando às obras de arte , estendendo-o à vida . Este em sua Gaia Ciência nos alerta que precisamos aprender dos artistas e, sobre o trabalho artístico fala-nos que ; Esta atividade, que pressupõe uma lenta preparação e um trabalho cotidiano, consistiria em perceber em seu conjunto tudo o que a natureza oferece de forças e fraquezas para, em seguida adaptá-la a um plano artístico, até que cada coisa apareça em sua arte e que as próprias fraquezas sejam de tal modo transmutadas que cheguem a ofuscar os olhos .
Embora o filósofo insiste que é preciso irmos além dos Artistas sendo mais sábios que estes... "essa força sutil que lhes é própria cessa geralmente onde termina a arte e começa a vida" ;Ao ultrapassar limites transgredindo o estabelecido o filósofo lança o desafio de também tornarmo-nos Poetas (criadores) da existência, mesmo nos fatos mais corriqueiros passando à reinterpretar e fazer uma releitura dos fatos do cotidiano. Podemos ler nesta mesma obra, A Gaia Ciência que "Uma única coisa é necessária-" àqueles de espírito forte -dar estilo a seu caráter , o que exige uma constante e laboriosa tarefa sobre si mesmo e que inclui um certo distanciamento ; em muitos casos esta verdadeira atividade artística empreendida por um tal homem superior pode perfeitamente lhe passar despercebida; Lê-se no Livro IV da obra em questão "Ilusão dos contemplativos",- " acredita situar-se como espectador e ouvinte diante do grande espetáculo que é a vida; diz que sua natureza é contemplativa e não se apercebe que é o verdadeiro poeta e criador da vida"


Jogos de luz e sombra conjugados, contrastes, nos possibilitam a riqueza da diversidade embora à alguns escape ainda a importância das forças contrárias,
inquietando-se sobremaneira diante à trágica condição humana. Nietzsche recupera o sentido trágico da existência em sua vida e obra.
Os artistas compreendem a importância dos jogos dos contrários em seu trabalho
mas nem sempre ampliam este conhecimento e o aplicam à vida. Assim como para o pintor, o cantor, o dançarino, o músico, o compositor, o escultor movimento contrasta com pausa, música com silêncios... Intervalos, nuances são necessários para um conjunto harmonioso...
Leitor e autor também são necessários para dar cor a um texto, à uma pintura dando seqüência à orquestração da vida em suas mais variadas possibilidades...
Para os já iniciados na senda da Filosofia e, demais leitores que apreciam textos filosóficos mais acadêmicos, deixo o convite ao Canal de Filosofia do Espaço Ecos no Portal VMD. Entre os colaboradores estão o filósofo contemporâneo Amauri Ferreira que ministra cursos e palastras na Escola Nômade sobre a obra de Nietzsche e a mestra em Filosofia gaúcha Mariah de Olivieri que identifica-se e trabalha com outros Filósofos que trabalham com o conceito de Arte. Sobre a obra de Nietzsche ainda, indico o trabalho de Alexandre Mendonça intitulado Ecce Homo um livro quase homem . Os autores trazem boas referências que creio ao iniciante despertam o desejo de ler na íntegra as obras de suma importância dos autores referenciados. Esperamos que novos leitores com suas interpretação singulares, tragam novas luzes sobre o que foi produzidos até então e, como co criadores possam não só produzir em si mesmos corpos potentes e mais felizes ( poéticos) mas uma sociedade em que haja apesar das diferenças, possíveis diálogos ...

Sunday, June 14, 2009

descongestionados

descongestionados

só verso sobre o que sangra
inversos aos cantos de outono
são os tempos da rima
trans versos os quanta da estima
fragmento perverso na manga não tenho


me atenho ao verbo corrente das intemporalidades
nos verões há tempos germinei
e agora o barco singra pelas águas setembrionais
descongestionadas estão as pálpebras das veias
e do céu
deslizam Painas, forram o chão e meu chapéu ...
* virgínia além mar

sobre Paineiras - Os frutos são cápsulas verdes, que, quando maduras, rebentam (deiscentes), expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na flutuação, que é chamada paina.
A partir dos vinte anos de idade aproximadamente (sudeste brasileiro), os espinhos costumam começar a cair na parte baixa do caule, e, gradualmente, também caem nas partes mais altas da árvore, com o engrossamento da casca. Diz-se no Brasil que isto permite à árvore receber ninhos de pássaros, o que seria impossível de acontecer quando esta tinha espinhos longos e ponteagudos; assim, flores e frutos já não estão presentes, a árvore continua dando sua contribuição hospedando os passarinhos. Esta não é uma regra para todas as paineiras; - *
imagem internet

Wednesday, June 10, 2009

humanos demasiadamente humanos

na noite fria
olhos rasgados d´amor
parem a lua




cristais e seda
bordando o gramado
ventou à noite...

rubro poente
há cerejas maduras
nos lábios do céu -
* virgíni´ além mar -

Em véspera de comemorarmos aqui no Brasil o dia consagrado ao amor romântico lembro das palavras do Filósofo , Médico e Psicanalista Jurandir Freire Costa em Entrevista DIÁLOGOS SOBRE O AMOR ROMÂNTICO , posterior a Publicação de seu Livro Sem fraude nem favor .

<...Hoje, boa parte da liberdade sexual sonhada pelos hippies se realizou, embora na chave individualista, típica de nossos tempos. Ou seja, estimulamos a liberdade sexual pregada pela contracultura mas jogamos fora os ideais igualitários e comunitários que justificavam aquela liberdade....O amor romântico, portanto, como qualquer emoção humana, não é feito só de virtudes. Ele carrega um potencial de individualismo e preocupação obsessiva com o próprio bem-estar que pode nos tornar absolutamente indiferentes a tudo e a todos ao redor.Não se trata, é óbvio, de “reprovar o amor” ou os que pretendem dedicar a vida à realização amorosa; trata-se de mostrar que esse objetivo não está além do bem e do mal. Existe uma grande diferença em afirmar que o amor romântico é um estado afetivo que pode nos fazer muito felizes e que, por isso, pode ou deve ser buscado por quem de direito e apresentar o romantismo como uma obrigação moral universal.

No último caso, fazemos de uma possibilidade, necessidade e reforçamos a crença de que todos os que não conseguem amar, no código do romantismo, são pessoas fracassadas, frágeis, insensíveis, “não resolvidas”, do ponto de vista psicológico.

O amor romântico, repito, é uma emoção mundana, comprometida, entre outras coisas, com valores estéticos e morais diretamente ligados a interesses de classe social, situação econômico-cultural e preconceitos raciais, sexuais ou religiosos dos amantes. Longe de ser uma emoção pura, inocente ou “divina”, o romantismo amoroso é uma busca de satisfação sexual e sentimental nem mais nem menos legítima do que outras às quais damos as costas por que estamos empenhados, dia e noite, em amar e ser amados. ...>

ilustrações Obras de Tarsila do Amaral