Thursday, June 28, 2012

Fragmentos – * virgínia vicamf


Fragmentos –  * virgínia  vicamf



Na contínua
Dança anil e branda
Céu beija águas
      *-*
Na tarde morna
Arejam-se olhares
Captando cores...
      *-*
Estrelas brilham
Suaves são os sonhos
Junho adeja
      *-*
Baunilha no ar
Lembro teu cheiro ímpar
Doce reprise
          *-*

 *virgínia vicamf ...além mar 2012
Ilustração - Oscar-Claude Monet (1840-1926) Morning On The Seine Clear Weather2

Thursday, June 21, 2012

Após as frias chuvas



Após as frias chuvas

A linda estrela afugentou as nuvens, radiante encontra-se o coração. Pequenas flores já se dão em esplendor. O invisível se fez visível e as cores aí estão.O calor afugentou tristeza dando lugar à esperança;aproxima-se o final de dolorosa estação. De parto difícil,  já boas são as novas que me trazem; Jardins interiores refeitos, resplandecem em peitoris.
São de janelas amplamente abertas ora minhas felizes visões.
Reencontro varais repletos de espuma e perfumadas hordas, serão os anjos da anunciação em suas cordas? 
Recompensa à  espera se fez no abraço e, agradecida pela acolhida de sentimentos, a roda da vida deixa-se brincar no  arco da lua ...é quando se deixa à vista o arredondar-se da existência em louvor e prece...como  no centro das flores singelas, na íris de olhares..
virgína  vicamf além mar RS Brasil 25 de agosto 09

Tuesday, June 19, 2012

Kintsugi " arte de restaurar e valorizar a história ..."

Kintsugi (金継ぎ?) (Em Japonês, colagem com ouro) é uma arte de consertar peças de porcelana quebrada com uma resina de laquê e ouro em pó.  Kintsugi provavelmente se originou quando o  shogun Ashikaga Yoshimasa mandou uma tigela chinesa  de chá quebrada para restauração na China no século XV. A tigela voltou com horrorosos grampos de metal, o que desagradou o shogun. Então, ordenou que os artesãos japoneses fizessem um trabalho esteticamente mais agradável.
O resultado foi a criação da técnica do Kintsugi
. ( fonte wikipédia)

Quando os japoneses colam objetos quebrados, eles preenchem as rachaduras com ouro. Eles acreditam que quando algo sofre algum dano, tem uma história, e há conserto, vale a pena repará-lo. Quando alguns vasos se quebram, eles não perdem seu valor. De fato, ao consertá-lo, ele torna um objeto único e especial. E passa a valer mais do que antes!

Tuesday, June 12, 2012

Namoramos cada um a seu modo...

"...Vejo meu bem com os seus olhos
E é com meus olhos que o meu bem me vê..."

 
Ilustração é Escultura em mármore carrara intitulada "Tantra" de meu eterno amigo Carlos Cesar Freire (Tito) , pai de meu filho, que vive atualmente na Alemanha
Fluências - Virgínia fulber 
vicamf@yahoo.com.br


Ontem falei com uma amigo de várias décadas, que vive do outro lado do Oceano Atlântico. Os afetos povoaram meus sonhos e acordei impregnada de imagens, do rumor das ondas do mar e dos tempos em que traçamos rumos tão distintos e, ao mesmo tempo iguais. A intensidade das palavras multiplicaram belezas, subtraíram cansaços, somaram afetos e foram divididos recortes de vida; a cumplicidade tem resistido ao tempo e às distâncias. Nossas conversas sempre foram marcadas por disfluências, pausas suficientes para inspirar e expirar significados.
Não sei por quantos anos ainda iremos comemorar nossos aniversários através das ondas, pois que das incertezas estamos marcados. Não sei também se algum dia, lado a lado celebraremos e, se estaremos novamente vestidos com sonhos de proporções e transparências similares.
Embora em vias paralelas andamos, foram os momentos de confluências que contaram e ainda contam.
Creio, não ser possível esculpir em pedra, dada a quantidade de expressões que nos escaparam e os afetos que continham, mas arrisco dizer que nas areias intemporais algo foi inscrito e, este algo que nos escapa flui através da voz do vento. -http://www.caestamosnos.org/autores/autores_v/Virginia_Fulber.htm




Vives na brisa de todas orlas.
Nas pétalas de meus sonhos...
 
E, já te vais com olhar em chamas
segregando espumas ...
 
Mas de teus braços não me privas  
em fadigadas tardes.
 
Firmamos junto à fogueira, olhares
algumas palavras e abençoados silêncios...
 
Serás para todo sempre memória encarnada!
Meu inominável, e terno namorado... Virgínia Fulber ( de Além Mar) ( vicamf) in


MEU NAMORADO(Edu Lobo / Chico Buarque)
ou http://youtu.be/EHe0btKCoM4 - ouvir  SIMONE - 1983 Álbum 'O grande circo místico -Som Livre, 1983-
Ele, vai me possuindo
Não me possuindo
Num canto qualquer
É como as águas fluindo
Fluindo até o fim
É bem assim que ele me quer
Meu namorado
Meu namorado
Minha morada é onde for morar você
Ele vai me iluminando
Não iluminando
Um atalho sequer
Sei que ele vai me guiando
Guiando de mansinho
Pro caminho que eu quiser
Meu namorado
Meu namorado
Minha morada é onde for morar você
Vejo meu bem com os seus olhos
E é com meus olhos que o meu bem me vê

Friday, June 01, 2012

Fidedigna “temporalidade”... Virgínia vicamf



Fidedigna “temporalidade”... Virgínia vicamf  

Juno acalenta  outono que se dá aos sentidos
Dos mais profanos aos sublimes planos
No sexto mês do ano já há colheita no caminho
Que chronos esculpe sem piedade

Atente que, por mais que se oculte
 retorno  do  semeado...

Quiçá possa a deusa Juno
com seu cetro firmar promessas
E seu véu a fidelidade inspirar
que sejam  Intensos, dinâmicos
e infinitos os laços  
como o  céu que a deusa  rege...
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“Junho” o nome do sexto mês do calendário gregoriano (nosso) foi inspirado na deusa Juno da mitologia romana. Esta foi irmã e esposa  de Júpiter. Estes deuses correspondem  à Hera e  Zeus da mitologia  grega. Juno ou Hera foi considerada como deusa da vegetação, no entanto é a rainha do empíreo , o céu bem como  protetora da vida e da mulher. Na mitologia grega concebeu uma filha esta sim protetora da fecundidade e dos matrimônios Ilítia, Hebe, a juventude florida; Ares, deus da guerra; e Hefesto, deus ferreiro.  Hera intervém  freqüentemente  nos assuntos humanos; protegeu os aqueus na guerra de Tróia e velou pelos argonautas, para que seu barco passasse sem perigo pelos temíveis rochedos de Cila e Caribde. Tem como atributos  o cetro, o diadema, o véu, estes associados à mulher casada e o pavão símbolo da primavera.