negros olhos de Rouxinol...
*virgínia além mar
corpo miúdo e astuto
disfarçado na folhagem
admirava os mistérios do anoitecer ...
*virgínia além mar
corpo miúdo e astuto
disfarçado na folhagem
admirava os mistérios do anoitecer ...
belo
infante
menino encantador
solitário,discreto
aprendiz do tempo
migrava de flor em flor ...
sem saber ou querer
ensinou-me
um jeito mais terno de ser ...
Prosa poética
há uma criança em cada um de nós que
precisa ser reverenciada
vivida
mas em cada criança
há um adulto
um mestre
um pai-mãe,
um pequeno professor
um sábio conselheiro. ..
uma luz consoante
seu encantamento. ..
menino
não adormecia
enquanto não o fosse
recobrir
procurava-me à noite
encontrando- me
na sala de estudos
sobre os livros adormecida
preocupado como um
adulto aos seus
cinco anos de idade ...
dizia-me -
" mamãe ;
já te disse que tu não
podes dormir aqui
sentada de óculos..."
com doçura de pai-mãe zeleso
pegava-me pela mão
levava-me ao quarto
sem resistir o seguia
como uma criança obediente ...
o pequeno-grande mestre
menino
devolveu-me e devolve-me
a mim mesma e
à própria
condição humana
ajudou-me na compreensão
das fragilidades
dos limites ...
das multiplicidades
sobretudo das complexidades
Publicado no Recanto das Letras em 08/11/2008Código do texto: T1272720
No comments:
Post a Comment