Friday, December 14, 2012

Para meus caros amigos pelo Natal e Novo Ano ...

Caros amigos a mensagem ( tx) está publicada in Web Artigos, http://www.webartigos.com/artigos/para-meus-caros-amigos-pelo-natal-e-novo-ano/101249/#ixzz2EwRURlTZ espero que apreciem e venha a acrescentar ... 
 entretanto se n. tiverem tempo para o tx. deixo um cartãozinho singelo



com afeto,

Thursday, December 13, 2012

tempo...frag. de um capítulo -virgínia vicamf

Toda verdadeira amizade é fruto da "investigação da estrela sem fim" plena de atenção e abertura  ao outro, estabelecendo conexões   ...


Para a física atômica, “a natureza essencial da matéria não está nos objetos, mas nas conexões”, como na harmonia musical, que para acontecer reúne em si as notas, que, ouvidas isoladamente, são freqüências de som, vibrando em determinada amplitude de onda. Desta harmonia surge a possibilidade de contemplar a beleza de uma composição musical.*

As uvas e o vento - Pablo Neruda
...Tu perguntas o que a lagosta tece -
Lá embaixo...
Com seus pés dourados.
Respondo que o oceano sabe.
E por quem a medusa espera,
em sua veste transparente?
Está esperando pelo
tempo, como tu.
Quem as algas apertam
Em seu abraço... perguntas...
Mais firme que uma hora e
Um mar certos? Eu sei.
Perguntas sobre a mesa
Branca do narval...
E eu respondo cantando como
Unicórnio do mar, arpoado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei
Pescador...
Que vibrou nas puras
Primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano
Sabe isto: que a vida...
Em seus estojos de jóias,
É infinita como areia,
Incontável, pura; e o tempo,
Entre as uvas cor-de-sangue...
Tornou a pedra dura e lisa,
Encheu a água-viva de luz...
Desfez o seu nó, soltou
Seus fios musicais...
De uma cornucópia feia
De infinita madrepérola.
Sou só a rede vazia diante dos
Olhos humanos na escuridão...
E de dedos habituados à longitude
Do tímido globo de uma laranja.
Caminho, como tu, investigando
A estrela sem fim...
E em minha rede, durante
A noite, acordo nu.
A única coisa capturada
É um peixe...
Preso dentro do vento
Investigando a estrela sem fim...
 
 E foi assim... 

Conversando com o amigo cineasta Juan Delpino que me hospedava na Urca e uma recém conhecida ali mesmo no Garota da Urca  que o conheci...
Enfadei-me com o rumo do colóquio pois, havia saído do tema  pensamento e cinema. Desta forma distraí-me olhando os peixes no aquário e meu pensamento emudeceu como estes, eis que além do aquário meus olhos viram no fundo do bar, sentado escrevendo, um rapaz vestido com uma camiseta branca, despojado, cabelos negros. Nossos olhares se cruzaram, retornei aos peixes e novamente percebi que o rapaz ergue os olhos em minha direção; pensei é um poeta!
Retornei ao estado de esvaziamento da mente...
Quando dei por mim o rapaz estava ao meu lado e disse, -“ Não sei como tive coragem de vir falar contigo.” . Respondi com uma pergunta – és poeta, escrevias versos? ? Ao que respondeu-me- “ não sou físico cosmólogo, estava fazendo cálculos de física.”
 Disse-lhe, então  com a seriedade das crianças- “ a Física e os cálculos , para mim também são  Poesia!

 E, foi assim que em abril de 1986 conheci o que veio a ser o amigo mais  íntimo no sentido de proximidade anímica. 

Bem saímos do Garota da Urca( bar)  e conversando como se nos conhecêssemos por toda existência, caminhamos pelas ruas deste bairro belíssimo, sentamo-nos na pracinha, nos envolvemos num abraço em que os dois corpos de tão enroscados pareciam um, respiramos junto não era sexual o prazer mas sensual no sentido literal, inteiro tântrico.

Madrugada madura ele deixou-me no apartamento de Delpino  dizendo que seria  um grande prazer se eu mudasse para seu apartamento visto termos tantas afinidades e tamanha vontade nossas memórias atualizar .

A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.”  - Albert Camus

 Na manhã seguinte, cedo fui à praia vermelha,  mas antes passei na rua Almirante Gomes Pereira para dar um alô ao Luiz, meu amigo físico. Ele sonolento não hesitou em receber um abraço e confirmar seu convite. E foi assim que mudei-me para a mística rua com perfume de jasmim e na qual era possível ouvir um piano executado com grande maestria nas madrugas ...

Luiz tinha uma biblioteca impressionante em quantidade  e qualidade , estavam ali alguns de meus   autores  prediletos além das obras completas de   Nietzsche, Jung, Freud, Espinosa, C. J. Jung, obras de Física e novas publicações  foi então que adentrei na física quântica e atômica ( li em seu apartamento a obra recém publicada , *O Ponto de Mutação de F. Capra ) e sua relação com o pensamento oriental que havia estudado desde a puberdade e dedicado-me a ele na escola de filosofia .



Perguntei-lhe se já havia lido todos  ele respondeu-me sim passei dois anos em uma cama de hospital e só podia ler...
“E você ?”perguntou-me ele, ao que respondi  - vivi  desde os dez anos de idade frequentando bibliotecas e adorava as Enciclopédias, fazia os trabalho de escola de meu irmão ( pesquisa) cinco anos mais velho que eu. Após cada texto havia as referencias e as seguia  o que me levava a querer conhecer todos autores, ler seus livros e cada um trazia mais referencias. Abria aquelas mesas enormes e espalhava o maior número de  obras possíveis e me perdia no tempo até que o bibliotecário, com óculos de fundo de garrafa, vinha avisar-me que ia fechar o estabelecimento. E assim prossegui lendo, lendo, muitas vezes não entendo os conceitos, buscando dicionários... O que favoreceu meu gosto pela leitura foi também ter vivido longe do dito mundo civilizado, por diversas ocasiões, onde havia silêncio, sem aparelhos de televisão e, nestes retiros da urbe levava malas cheias de livros além de encontrar amantes da leitura que possuíam ótimas bibliotecas nos mais inusitados vilarejos da terra do Pau Brasil.

Hospedando-me , quando ia ao RJ no apartamento do Luiz, tive acesso aos seus trabalhos e manuscritos de seus amigos que passava a ler nas madrugadas  enquanto ele quieto como sempre, perdia-se em seus cálculos.

" eu faço minhas coisas e vc. as suas se nos encontrarmos quando nos encontramos é  lindo " F. Perls

Foram os tempos mais lindos que vivi e, talvez ele tenha sido o único ser humano com o qual compartilhei espaço-tempo  sem conflito algum, cada um fazia suas coisas sem conversas a interromper, deixávamos bilhetes um ao outro e por vezes sentávamos e tocávamos  afeto.

Íamos  às aulas do Prof. Claudio Ulpiano e raras vezes à bares. Eu saía para as aulas e trabalho ele lecionava e trabalhava no CNPQ com horários muito flexíveis. Nossa comunicação prosseguiu como fora desde o primeiro encontro, de forma límpida como cristal, nossos inconscientes travavam conhecimento mútuo além, muito além do que o consciente o poderia.


Passamos três  anos sem nos vermos, pois eu entrei de cabeça no trabalho em minha cidade natal no RS, mais de dez horas diárias e em 1989 retornei a dividir o tempo entre o RS e o RJ.  Novamente hospedada no apartamento do L. A. O.

Além dos estudos e do trabalho a Urca  me  proporcionou  estar entre “ meus tesouros” amigos com afinidades culturais a orla, uma das mais belas do planeta , o oceano, este  visto através do passeio da Urca um privilégio para poucos! Como tornei-me conhecida no bairro a  guarda  permitiam-me entrar no forte , então nas águas desertas de humanas presenças , nadava, ruminava as leituras, recarregava as baterias, meditava, fluía...

Estes prazeres perduraram até novembro de 1994 pois em abril de  1995  sofri o meu acidente que restringiu minha capacidade locomotora  e exigiu-me priorizar e reorganizar minha vida em todas as áreas, familiar, profissional e social. Mesmo com perdas expressivas, lutos  e  lutas através  de telefonemas e  da internet com Luiz houve trocas mas nada comparado a presença física, pois que esta nos colocava na freqüência sem interferências.

Entretanto  algo interessante continua acontecendo, além de fatos que ora não desejo comentar, coincidências  impressionantes acontecem ainda, de alguma forma estamos conectados porque os mesmos autores a mesma busca pelo início de “tudo” nos aproximou, o afeto pelas orlas e por crermos que o sentir tem maior potência que o pensar...

Talvez algum dia continue retorne a detalhes significativos sobre os reconhecimentos, encontros que fazem a diferenças...  A paciência é uma de minhas qualidades e seu lado escuro é a morosidade...

O que nos toca profundamente  penso seja o mais difícil de colocar em palavras de forma objetiva.
Passados  26 anos ainda é difícil conter as emoções ao  compartilhar fragmentos de um dos capítulos mais místicos, líricos que deram origem a outros encontros não menos surpreendentes.    .

Nota - Atualmente L.A. Oliveira  é curador do Museu do amanhã projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava , exemplo de construção sustentável e servirá como ponto de referência não apenas em arte, mas também em discussões sobre o futuro da humanidade e do planeta,  vai tornar o Píer novo cartão-postal obrigatório do Rio será o maior museu de ciência do país localizado na  cidade do Rio de Janeiro RJ.
publicado na coluna considerações portal VMD  http://www.vaniadiniz.pro.br/virginia_fulber/cronica_e_foi_assim.htm
no Recanto das Letras
e no Portal da AVSPE - 


Saturday, November 10, 2012

Antologia AGUIAS 2012 - 58 Feira do Livro POA RS 2012

 Congraçamento em tão feliz encontro...grataRoberto Rossi Jung, Carmelina, Roberto Bordin, Vera Fisch, e todos amigos

OS LIVROS DA NOSSA EDITORA PARA VENDA E DISTRIBUIÇÃO EM TODO TERRITORIO NACIONAL ATRAVES DA INTERNET ESTÃO A CARGO DA

GRUPO A.G.U.I.A.
AMIGOS UNIDOS INCENTIVANDO AS ARTES
SEDE PORTO ALEGRE – RUA DR. VALLE, 38 http://www.facebook.com/grupoaguia

Sunday, September 23, 2012

Do prazer estético e anseios de liberdade ... ... *Virgínia vicamf


Do prazer estético  ... *Virgínia vicamf 
 A visão sem dúvida é um dos principais sentidos a serem desenvolvidos após ou juntamente com o paladar já que a audição é um sentido que não descansa nunca e o tato, a pele faz parte do sistema respiratório, e o olfato é  o mais aguçado sentido do animal em nós... portanto fora de questão neste pensamento que ora me ocorre sem bases ciêntificas.

O olhar da mãe é nosso primeiro espelho através do qual passamos a entender o quanto somos aceitos, e através do qual vemos o mundo enquanto em simbiose perfeita.
O contato com o seio do qual provém o primeiro alimento essencial não apenas é fonte de alimento com objeto de desejo que desenvolve a oralidade, o desejo de viver e degustar, sobreviver . No  colo ganhamos o calor humano do qual teremos necessidade por toda existência
Ainda nos primeiros meses de vida  reconhecemos o tom da  voz da mãe, seus passos de longe anunciados e ansiada. Esta necessidade da  presença  carregamos e transferimos mais tarde para o outro...

Mas quero falar do quanto as cores pronunciadas pelo contato da luz me fascinava e a todos, enquanto pequeninos, os movimentos visíveis do vento na folhagem, as mudanças de tons, sombras a profundidade percebidas fundamentos das mais finas sutilezas a aprendermos para guiar-nos e mover-nos no mundo novo que passamos a pertencer nos primeiros anos de vida.

No meu terceiro aniversário ganhei inúmeras revistas de colorir e caixas de lápis de cores,  de um querido padrinho (falecido a muitos anos), naquela noite não conseguia dormir, ansiosa para continuar a colorir meu livros. Fui à cama de meus pais perguntar  se já era hora de levantar por volta das duas da manhã. Minha mãe aconchegou-me junto a eles e no conforto consegui adormecer novamente, mas não por muito tempo. Antes da cinco da madrugada não resisti ao abrir os olhos e ouvir os pássaros já em plena atividade. Saltei da cama e meu  tesouro peguei, sorrateiramente e fui à varanda deliciar-me com a grande aventura de preencher os animais em branco com as diversas cores.

Esta lembrança é tão clara, agora novamente relatando-a sinto a imenso prazer  proveniente do "fazer". Uma sensação de potência no ato simples mas   magico de   dar vida aos desenhos de animais, às araras principalmente,  já as havia visto, portanto sabia das suas  penas multicoloridas. 

Ao som dos sabiás, que na minha imaginação tornaram-se aves míticas, com grandes caudas como as  das araras que comecei a colorir. Os elefantes,  não os queria cinzas pintei-os de azul claro como o céu, a grama verde inventei coloquei flores e um monte de capim verde escuro para que eles se alimentassem.

O dia começou a clarear e patos  tinha asas rosadas e amarelas como os pintinhos que conheci na estância de minha avó, seus bicos muito vermelhos nadavam no lago azul noite. Galinhas de penas rajadas de verde e azul que ‘vizage”, eu podia reproduzir o que meus olhinhos com grande admiração viram e recordavam, agora tinhas meus amiguinhos à mão!

 O sol  de sorriso largo com olhos e orelhas desenhei inventando um ambiente que o livro não sugeria.

Foi entre tantos aniversários fenomenais que comemorei,  o mais incrível. Este é o motivo pelo qual iniciei falando sobre a visão e o quanto na infância este sentido é despertado gradualmente e o quanto de prazer a estética é capaz de proporcionar, não sei se o fato de ser libriana intensifica esta característica, fato é que ver e também ouvir inúmeras vezes superam o prazer oral e tátil e sou bastante, diria acima da média cinestésica...   

Certa vez uma amiga me disse que a natureza nos seduz por suas cores e esta seria sua defesa para que a protegêssemos pelo prazer estético com ela concordei sem pestanejar. Infelizmente parece que vamos perdendo a capacidade de enxergar por defesas ...

A mídia explora o prazer estético e nos torna reféns de padrões estéticos que muitas vezes provocam mal estar e não nos damos conta. O exagero de informações visuais, poluição mesmo causa-me náusea que procuro nas cores frias amenizar. Aí, ocorre-me o descanso proporcionado pela visão do grande oceano enlaçando o céu, nosso planeta azul talvez não o seja por acaso à nossa vista humana .

Azuis são os olhos de minha mãe o primeiro e mais intrigante oceano, espelho d´agua que percorri , incógnito, fascinante do qual  separada por e para sempre, sei que mesmo inconscientemente  perssegui e desejei novamente mergulhar para outra vez mais dele revitalizada retornar às cores quentes das plumas das aves selvagens que ganham o  azul maior e mais bonito porque infinito...   virgínia vicamf * 24 setembro 012* 
           
    

Thursday, September 20, 2012

Tempos de estar IV... * vicamf


Tempos de estar IV... * vicamf
                    

Nuvens claras passam sublimes na esfera calma de bolhas de sabão... 
                              
Em nossas  mãos, um par de doces poemas em fá, lá, sem dó...
Em  pianar as letras se transformam e de nossos membros desprendem-se  hinos  à magia do existir; líquido elixir... 
                                                                                  
Ah! Se  pudéssemos pela vida à fora crer, como agora, na mais calma hora, que o amor é em nós e compreender  a sabedoria do Monge Tokuda ;
“ ... o espírito é vacuidade pronto a receber todas as coisas” ! 

Na vacauidade somos com todos e ainda despertem ´Semos...

Há possibilidade de despidos de culpas, no plano da inocência, crer que na inconsistente impermanência,  abre-se a flor ( sorriso da raiz)e nesta há as sementes do que seremos por brevidade eterna, errantes sorrisos, sopros de vida, devires  e nada mais...

Reconfortante sentir que a vacuidade agasalha e, que só possuí o que dei e serei somente o quanto ousar desprender-me  ...   Virgínia *vica bailarina 09/08/2000 publicado in Web Artigos http://www.webartigos.com/artigos/tempos-de-estar-iv/96224/