Thursday, June 13, 2013

Ensaio do sem fim ...* virgínia vicamf -

 
Ensaio do sem fim ...* virgínia vicamf  -
A folha de papel abriga areia, rochas, palmeiras e mar... Embalada nas águas que desenho, o sonho cresce e prossegue navegando.
Atenta às velas que me conduzem entre os azuis deste céu e mar
reinvento as horas de tardes sem fim...Tardes que quedam a dormir e quando dormem com olhos bem cerrados gravitam o breu das esferas longinquoas...
Noites não são filhas do vento tampouco mães das manhãs...
São o avesso das tardes sem fim...
Adormeço e mais uma vez todos os tons de azul mesclados com as cores quentes das primeiras horas das tardes sem fim...
Quem me dera fossem elas como a grande tela que pinto e medro sem receios de perder a cor da brisa que vem do leste e trazem consigo o calor germinal...São tão férteis as águas...
São mães das tardes e todas  convidam a velejar...
 
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Um excelente vídeo Arte e Vela  no link http://www.youtube.com/watch?v=b0OMYE4_1PM
<<Quando os artistas franceses da metade do século 19 abandonaram os estúdios e foram com seus cavaletes, tintas e pincéis para a rua inventar o impressionismo, encontraram o mar. E no mar havia barcos. Barcos a vela.
Boudin preferiu não molhar os pés e colocou os veleiros no plano de fundo dos quadros em que enfoca os encontros dominicais nas praias de Trouville, Normandia, que é para onde os parisienses levavam suas cadeiras e sombrinhas, e lá se deliciavam com os saudáveis ventos do Canal da Mancha.
Manet, que tentou ser marinheiro, mas, felizmente não conseguiu aprovação
após algumas viagens, mostra parte de sua paixão pelos navios ao retratar a saída de um vapor rodeado por veleiros de velas escuras, na Bologna, antes de aliviar as cores e pintar mais um preguiçoso domingo sob o sol da Normandia.
Enquanto isto, do outro lado do Atlântico, Winslow Homer usava o litoral de sua Boston natal como inspiração para as paisagens marinhas que o elevaram a condição de um dos mais importantes artistas americanos do século 19. Longe das teorias impressionistas de seus pares europeus, onde o retrato do lazer, a ausência de detalhes e a forte e clara luz eram uma constante, a pintura de Homer mostra à faina de pescadores e portuários em quadros ainda com as características carregadas dos renascentistas.
O retorno ao doce far niente encontra Cloude Monet e Gustav Caillebotte envoltos na Regata de Argenteuil, por volta de 1870. Monet pintando, Caillebotte velejando. Amigos e vizinhos, cada um passou para o outro um pouco de sua arte. Quem de nós não se vê orçando na "Onda Verde" que Monet retratou como se estivesse na tripulação do barco à barlavento? Ou na "varanda" dos nossos clubes, extasiados com as visões dos barcos ancorados e do movimento de outros navegando na linha do horizonte, como mostra a arte do mestre?
Odilon Redon, que pinta casais em solitários veleiros emoldurados
por céus impressionantes, demonstra seu amor e respeito pelo mar no desenho "O espírito das Águas", onde um enorme rosto com expressão suave olha pelos navegantes do minúsculo veleiro abaixo de si.
O pós-impressionismo do fim do século 19, início do século 20, perdeu a luz, voltou para dentro de casa e trouxe as cores vivas para a pintura vanguardista daquela época. E com elas veio Henri Matisse, que abre uma colorida janela para o atracadouro dos veleiros.
O Russo Wassily Kandinsky já morava em Berlin quando se tornou um
dos primeiros e mais importantes pintores abstratos. Seu abstracionismo, no entanto, não chaga ao ponto de esconder completamente o veleiro no quadro Mit und Gegen. Seu amigo e colega da cátedra na Bauhaus, o suíço Paul Klee, também voltou seus lápis para o mar e de lá interpretou o que viu e chamou um de seus maravilhosos quadros de "Porto de Veleiros".
Grande parte da arte de boa qualidade das primeiras décadas do século 20 vem da Alemanha. De lá surge Lyonel Feininger, também professor na Bauhaus, que seguiu os passos de Pablo Picasso, e usou o cubismo para pintar veleiros retos, ondas retas, nuvens retas em estonteantes velocidades e movimentos. Até que o realismo do americano Edward Hopper entra na raia.
Conhecido por suas imagens melancólicas em paisagens urbanas repletas de solitários, Hopper parece ter encontrado na beira do mar um contraponto para sua arte inquietante.
A música, Joana Francesa, é de Chico Buarque e a voz é de Badi Assad.
Tarcísio Mattos, comandante do Zephyrus

1 comment:

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