Tuesday, December 06, 2011

Proseando, versejando & Convidando à Filosofia e às Artes

Conversas entre animais e as damas (que o poeta insone escuta...) - virgínia fulber * além mar poetinha

Madrugada adentra
E os grilos chiam é abril, é abril
Corujas piam é dezembro
É dezembro...

A noite confusa
Pelo hálito fresco
Olha o bracelete de estrelas
Então pergunta as sábias cintilantes-

Em que tempo estamos bailarinas diligentes?
Estas respondem-
É tempo de cantar minha senhora,
De cantar minha senhora
ecoam as plêiades...
De cantar como as cigarras ...


Cante minha dama que tua vida é breve
Os pássaros já tecem o dia em seus ninhos
E a boca da manhã boceja
Deixando escapulir
o alaranjado alvorecer..
Recanto das Letras - 08/12/2011 -código texto: T3377784-
Ilustração - Pleiades Elihu Vedder 1836–1923

...A neblina como licor derrama-se entre nós e a lua.
Aquarela lenta desenha-se sobre o gramado e, dormimos, acordamos, comemos,banhamo-nos de sóis fugazes com a mesma, ainda, ilusão de que são eles que por nós passam; velozes, audazes, astros portadores de silêncios e eloqüentes ocasos ...
Em seus rostos de anciãs resta a suavidade do eterno.
                                                                  virgínia fulber em Passando...
                                                                Prosa do EBook Parolas ao Sol (Pg 35)
                                                                               sobre a foto -
 
Leitores e amigos queridos  comunico que minha Coluna Considerações, no Portal VMD está atualizada, convido os amigos para visitá-la.
Agradeço à Vânia Moreira Diniz, por seu generoso empenho em fazer da Literatura seu baluarte e acolher seus amigos em sua  Casa(PortalVMD) virtual, dando o máximo de si para Publicar e divulgar não só seus Expressivos Textos e Poemas bem como aos seus convidados. Uma honra estar entre talentosos escritores e Poetas a mais de uma década e contar com a amizade inigualével de Vaninha M. Diniz, minha mestra de letras e esperanças...
 
"Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com minha imaginação, nada mais ambiciono." Di Cavalcanti- Arte de Amigos e links para alguns sites de célebres artistas que aprecio.

    
Herança vermelha... Caminhos ... 
(versos + abaixo)

devemos aos povos Indígenas... em conhecimentos, além das vidas destes povos sacrificadas, para que deste território paradisíaco, nós quase todos descendentes de outros continentes, podemos ainda usufruir...

No Estado de SC ,BR inicia-se o Caminho de Peabiru. Um caminho,ou melhor trilha feita pelos índios que viviam no litoral (leste) e levava até o oeste nos Andes. Nste havia trocas dos nosso Guaranis com os Incas. O caminho sagrado e mítico, perseguia o percurso do Deus Sol( grande bola de fogo que dava origem ao dia e a noite)

Este caminho com apx. 5.000 Km, foi utilizado pelos espanhóis e portugueses para explorar a prata e o ouro e ainda expandir o território nacional.

Graças aos conhecimentos indígenas de como convier e evitar e contornar os perigos do ambiente natural selvagem ( matas fechadas, rios caudalosos, monsões, etc), as Américas foram colonizadas pelos Europeus. Estes fizeram dos Índios seus escravos , eram chamados de ouro Vermelho ( o seu trabalho , sangue que deram morrendo lutando... valia mais que o Ouro ,propriamente ...)

A índia em mim quer saudar o sol
Viver nas orlas e mesclar águas
Correr sem abrigo burguês
Esculpir espuma matinal
Descobrir no barro tintas
Criar filho como masca buriti
Andar sobre areal quente
Desabrochar em sementes

A nativa em mim deseja o poente
Trilhar o caminho de leste à oeste
Deseja Peabiru perfazer
Encontrar sábio irmão da prata e alturas
Fazer estrada com os pés descalços
Sem macular vegetação, animais, fontes
Jovialidade manter no ar íris crendo...

A inocência em mim deleita-se com mel
Ornamenta-se com raios de luar
E uma pena de pássaro basta para sonhar
Mundo novo em inscrições desenha ao acordar
Nas ondas saliva o passado de rio
E na tempestade o futuro de águia vê

Vidente na ilha deseja ancorar
Pele vermelha vive no avesso
Deste corpo que abriga mente ancestral
Crente reverencia quem soube respeitar
Olhos d ´água, flor em destino...

Menina tupi-guarani te chamo
Quando há fome de mar!

Arqueira te busco
No escuro do qual brota estrela

Diana vermelha clamo por ti
Quando a saudade deseja dançar

Velha criatura rogo me tome
Para haver chuva que abraça
e esconde o que fez chorar...

Ao nascer do Sol canto
Em quase pranto
Encostada na pedra que elegi como minha
Nesta mágica Ilha do Campeche
Onde morada quis fixar ! virgínia 2005 a 2011

foto autoral - local Ilha do Campeche SC BR- sítio arqueológico - reserva ambiental, onde há resquícios de povos sambaquis, Tupis e Guaranis- ( foto publicada em meu < Olhares .com 2009> respeite direitos Aut. , ao copiar credite autoria e endereço www e se possível E Mail - vicamf@yahoo.com.br )
virgínia 2005 a 2011 vic

Publicado no Recanto das Letras Código do texto: T3376009
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2 comments:

Anonymous said...

Ai!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que coisa linda!
Passamos sim por eles... e passamos muitos de nós sem percebê-lo.
Um abraço querida Virgínia.
Rida
Ridamar Batista
Presidente da ALBA- Academia de Letras do Brasil- Anápolis

Anonymous said...

Muito linda sua poesia, nem era preciso dizer.Mesmoencrencada como estou, deu para apreciar sua arte, querida Virgínia
Maizé
Maria Lindgren lindgren@uol.com.