Tuesday, March 24, 2009
pablito
"Os meus pensamentos foram-se afastando de mim, mas, chegado a um caminho acolhedor, rejeito os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. (...) Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando. De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes... Com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atônitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar... Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias..." (Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer")
Pablo Neruda: Poema 7 " tus ojos oceánicos." -
Inclinado en las tardes tiro mis tristes redesa tus ojos oceánicos.
Allí se estira y arde en la más alta hogueramo soledad que da vueltas los brazos como um náufrago.
Hajo rojas señales sobre tus ojos ausentesque olean como el mar a la orilla de un faro.
Sólo guardas tinieblas, hembra distante y mía,de tu mirada emerge a veces la costa del espanto.
Inclinado en las tardes echo mis tristes redesa esse mar que sacude tus ojos oceánicos.
Los pájaros nocturnos picoteam las primeras estrellasque centellan como mi alma cuando te amo.
Galopa la noche en su yegua sombríadesparramandoespigas azules sobre el campo.
Pablo Neruda
PABLO NERUDA: O INTELECTUAL DIANTE DO PODER
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